Blogger Dicesar K.

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Dizimar é um ato de fé, mas é antes de tudo mandamento do Senhor (Nm 18:20-24, Dt 14:22-29 e Ml 3:8-12), com promessa de prosperidade. Dizimar fielmente não exigirá de você nenhuma fé sobrenatural para alcançar a plenitude financeira, nem que você tenha que se submeter a grandes sacrifícios: apenas traga à casa de Deus a décima parte de seus ganhos, de seus lucros ou receitas, de sua produção ou de seus rendimentos. E então, confie que Deus abrirá as janelas do céu e te derramará bençãos sem medida! É Deus quem penhora sua palavra na promessa de maior abastança!
A sua relação com Deus está baseada na confiança e na fé. Se você traz os seus dízimos pensando no retorno financeiro, não está confiando em Deus, e sim em algum tipo de fundo celestial que remunerará seus investimentos no curto, médio e longo prazo. Embora a idéia seja encantadora, não é assim que funciona, já que há um mandamento divino exortando-nos a dizimar.
Mas, afinal de contas, por que dizimar? No Antigo Testamento, Deus mandou que os israelitas dessem o dízimo com esses três propósitos:
1 - Para sustentar os levitas, que eram responsáveis pelo tabernáculo e pela adoração (Nm 18:20-24);
2 - Para prover recursos para as diversas festas e sacrifícios, algumas das quais duravam mais de um dia de alegre celebração e ação de graças (Dt 14:22-26);
3 - Para angariar fundos para ajudar os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros (Dt 14:28,29).
Embora Jesus não tenha abordado diretamente o tema em seu ministério e nem os apóstolos, sabemos que Ele cumpriu toda a Lei (Mt 5:17, Mt 23:23). Ele condenou a maneira hipócrita com que os fariseus ignoravam o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé. Mas essas questões mais sérias de modo algum anulavam questões mais simples como o dízimo.
O que nós, como cristãos, temos que considerar então?
1. A Lei, que foi dada a Israel, está relacionada a Cristo, com o qual temos compromisso.
2. Doamos por amor a Deus e à sua obra, não por um porcentual específico. O primeiro dízimo foi de Abraão, quando ainda nem havia a Lei.
3. Tudo o que temos, na verdade, vem de Deus e a Ele pertence;
4. Nosso país e nosso povo vem experimentando a prosperidade, mas as contribuições tem sido proporcionalmente menores. Precisamos ajudar a obra de Deus com nossos dízimos e nossas ofertas alçadas.
5. O Novo Testamento deixa claro que o cristão vocacionado para o ministério tem direito à ajuda financeira (1Co 9:13,14; Gl 6:6). Temos ainda que ajudar os pobres, os órfãos, as viúvas e os migrantes. A ajuda financeira vem dos dízimos.
6. Independentemente de quanto damos ou para quem damos, Mt 23:23 diz que nossa prioridade deve ser nos assegurarmos de que haja justiça entre nós, que demonstremos misericórdia a nossos semelhantes e coloquemos em prática nossa fé, e não apenas falemos dela.

Fonte: O Novo Comentário Bíblico, Novo Testamento, Ed. Central Gospel, 2009, p. 69 (adaptado).